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A rouquidão é uma das alterações da qualidade da voz que podem ocorrer em decorrência de processos infecciosos, inflamatórios crônicos, fonotrauma, tumores ou processos psicogênicos. A qualidade da voz é determinada por uma série de fatores que variam desde a superfície da prega vocal, sua hidratação, a coordenação dos músculos envolvidos na movimentação da laringe e processos obstrutivos da via aérea superior que conferem a ressonância para a produção da voz.
A rouquidão pode ser aguda, ou seja, com poucos dias de evolução, em geral causada por processos inflamatórios e/ou infecciosos ou abuso agudo da voz. Outros casos apresentam períodos prolongados de alteração vocal, ou eventos recorrentes. Em caso d cronicidade é fundamental a pesquisa de tumores, principalmente em pacientes com fatores de risco.
O principal método de avaliação e diagnóstico é a vídeolaringoscopia e a vídeoestroboscopia. Estes exames tem por objetivo a visibilização indireta das pregas vocais e demais estruturas da laringe e hipofaringe. A vídeolaringoscopia permite a identificação de lesões evidentes da mucosa, como tumores, nódulos e granulomas. Permite também a avaliação da motilidade das pregas vocais e da região posterior da laringe (cartilagens aritenóides).
A vídeoestroboscopia aplica uma luz estroboscópica com frequência ligeiramente diferente da frequência da voz, produzindo uma imagem em câmera lenta do movimento das pregas vocais. Esta avaliação permite a avaliação da coaptação glótica e identificação de lesões submucosas como sulcos e cistos, que podem passar desapercebidos na videolaringoscopia comum.
O tratamento da rouquidão é individualizado, e difere enormemente dependendo do diagnóstico do paciente. São utilizadas medicações anti-inflamatórias e antibióticos em casos de infecção aguda, medicação para refluxo quando este é um fator contribuinte. Exercícios vocais e fonoterapia são parte essencial do tratamento em pacientes com rouquidão crônica por fonotrauma e pacientes com grande carga vocal profissional. Em casos em que há lesões benignas, tumores ou alterações de mobilidade e coaptação das pregas vocais, existem intervenções cirúrgicas que fazem parte do tratamento.
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